Del, Shelton e Antônio (fila de trás). Na frente, Paulo Emílio, Roberto, Diego e Leandro. As circunstâncias da foto: Os meninos brincavam lá fora. Eu tinha acabado de fazer um trabalho comercial e tinha pressa em revelar o filme. Tinha sobrado uma única "chapa" no filme 120 da minha Mamiya 645. Chamei os meninos para essa foto de grupo e no momento do "click" o Diego cobriu com a mão o rosto do Roberto. Na ocasião, tive ódio do gesto dele, anulando o outro, e porque não tinha mais chapas... Mas, ao ampliar o negativo, essa mão cobrindo o rosto do colega virou o "puncto" da foto... (palavras de José Albano)
Conheci o trabalho deste fotografo através de um admirável documentário transmitido na RTP2 talvez no ano de 2000! Na altura, o doc realizado por Tibico Brasil impressionou-me não só pela qualidade das imagens de Tibico, mas também, pela singularidade da vida e personalidade de Albano. Aquilo que retive com mais precisão na minha memória foi uma das ultimas respostas de Albano a uma das perguntas de Tibico. A determinada altura, Albano revela um dos seus futuros desejos dizendo que aquilo que gostava que ficasse escrito na sua campa, seria o seu nome, data de nascimento, a data de falecimento e uma única frase: " Não deu tempo..." Justificando, ter imensas coisas para fazer e que à sua morte ele sabia que algumas estariam ainda por realizar.
Esta relação com o tempo de uma durabilidade finita onde o homem se rende à sua condição, é ternamente revelada, por este fantástico doc que Tibico teve a amabilidade de me enviar para eu poder recordar memórias do século passado!
1 comentário:
lindo...
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