28.3.07

As Minhas Cidades XIV

in Voyages en Utopie, "Cités-Cinés"
Shuiten & Peeters

27.3.07

Babel de Shuiten & Peeters

in Voyages en Utopie
Shuiten & Peeters

26.3.07

As Minhas Cidades XIII

edificio Copan, São Paulo, Brasil
fotografia de Andreas Gursky em 2002

25.3.07

A Casa XVI


A Casa XV

Sutyagin House, Arkhangelsk, Russia

A Casa XIV

keldur - islandia

23.3.07

As Minhas Cidades XII


San Zhi, Taiwan

Construção edificada nos anos 70 entre as localidades de Damshui e Baishawan mais precisamente San Zhi.
Complexo habitacional que durante a sua construção foi parcialmente destruido por um tufão, a empresa face ao acontecido apresentou falência pois não teve capacidade para reparar os danos.

Desde então, continua adormecido...

Idiotices III


obviamente nos Estados Unidos da América...

A Casa XIII

casa tradicional do Iémen

22.3.07

A Casa XII

Capadoccia, Turquia

As Minhas Cidades XI

Capadoccia , Turquia

A Casa XI


Funchal, Madeira

20.3.07

Idiotices II


Hotel Concorde em Antalya, Turquía

Idiotices I


sede da Telefonica em Santiago, Chile

19.3.07

China I

Quanto estamos a dormir o outro lado do mundo trabalha,
quando estamos a trabalhar o outro lado do mundo trabalha...

16.3.07

A Casa X

Habitações tradicionais em Skogar - Islandia

15.3.07

Babel por Gerard Pullicino


desenho de Gerard Pullicino

A Casa IX

abrigo de pastores na Irlanda

A Casa VIII


A Casa VII



13.3.07

Deslumbramentos III

aqui fica mais um contributo para as 7 maravilhas do mundo

Igreja de S. Jorge
Lalibela, Etiópia

A Casa VI


12.3.07

A Casa V


por Christian Kerez

8.3.07

Babel de 2001


A Casa IV

autor desconhecido por mim...

A Casa III

Imagem do filme Garden State (2004) actor Zach Braff

A Casa II

A casa por Buster Keaton

A Casa

Fotografia de Gordon Matta-Clark

Babel de Kolet Janssen


6.3.07

Deslumbramentos II

Machu Picchu, Perú

As Minhas Cidades X


Tahoua, Nigeria
(N14º54' E5º16')
Fotografia de Yann Artus Bertrand

Deslumbramentos


Cloud Gate, Millennium Park, Chicago, 2004
por Anish Kapoor

5.3.07

Babel de M. C. Escher

M. C. Escher
Torre de Babel (1928)

3.3.07

(Neon Bible) The Arcade Fire



Como é bom começar o ano desta forma...
Se o ano de 2004 tinha sido de boa colheita para estes canadianos, com o album "Funeral"(considerado por larga maioria, como o album desse ano), já 2007 será (profetiso) um ano vintaje com este novo trabalho "Neon Bible".
Já ouvi... e é sem duvida arrebatador. Provavelmente um dos mais admiráveis acontecimentos de 2007. Sai na segunda (05 de Março).

2.3.07

As Minhas Crónicas

CRÓNICA ESCRITA DEPOIS DE TER BEBIDO DOIS COPOS
DE VINHO TINTO AO ALMOÇO

A minha irmã Eneida casou com um comissário da TAP com argumento que gostava de homens mais leves do que o ar. Fez mas: a primeira vez que abriu a porta o marido saiu flutuando para o patamar e até hoje ninguém sabe onde poisou. O problema é que ainda teve tempo para a engravidar e o filho que se parece com o pai leva a vida pregado ao tecto como os balões de gás. A minha irmã amarrou-lhe um cordel ao tornozelo, puxa-o para baixo à hora das refeições e depois solta-o de novo para ele brincar com a tira de papel mata-moscas que está junto do candeeiro. Trata-se de uma criança um bocado aérea, sempre de cabeça nas nuvens e o facto de andar lá em cima permite-lhe falar-nos de alto e descobrir carecas. Para contrabalançar o desgosto de amor com o comissário a minha irmã Eneida procurou um homem sólido, compacto, suficientemente pesado para resistir a virar páginas, suspiros e furacões. Chama-se Rocha e aguenta tudo, embora do meu ponto de vista seja um sujeito um bocado passivo que só joga bridge na condição de ser morto. Está para ali sentado no sofá o dia inteiro, imperturbável, sem uma palavra, rígido, sereno, inamovível. Há ocasiões em que me pergunto se respira: não é um ser humano é uma parede mestra e se adormecer a minha irmã Eneida em vez de chamar o médico telefona a um geólogo que lhe explique as causas da erosão. Para fazer amor com ele calça botas cardadas e aproxima-se com um rolo de corda, ganchos e picaretas: pode dizer-se que é uma paixão que vai em escalada mas as coisas pioraram um bocado quando a minha irmã Eneida, ao alcançar o cume após três dias de esforços, encontrou uma bandeira cor-de-rosa cravada no vértice com o nome Elizabete bordado. O Rocha afirma que em tempos um grupo de alpinistas se lhe perdeu no pescoço e os helicópteros de salvamento não encontraram ninguém salvo um urso polar e umas ossadazitas dispersas na base da nuca. Agora, antes de se aproximar do homem, telefona sempre cá para casa a despedir-se e a minha mulher
(são amicíssimas)
oferece-se para a acompanhar o que eu proíbo terminantemente porque fui educado à antiga e além disso a minha mulher sofre de vertigens, tenho medo que caia do Rocha abaixo e se a mulher bater no Rocha quem se lixa é o mexilhão. Ela protesta com o argumento de que passamos a vida em casa e nunca a levo a parte nenhuma, propõe
- Para o caso de teres ciúmes porque é que não vens também?
Mas escalar cunhados não é género de divertimento que me excite. Talvez passemos lá as férias em Agosto
(não temos de pagar nada)
com os miúdos, acampados num joelho ou assim, porque segundo a minha irmã Eneida há verões com bom tempo no Rocha e existe imenso espaço na barriga onde as crianças podem brincar e jogar à bola mas a mim assusta-me as derrocadas que a tosse dele provoca e não me apetece contar no emprego ao perguntarem-me
- Onde foste em Agosto?
- Durante uma semana trepei pelo meu cunhado acima
que é uma coisa que as pessoas de maneira geral têm uma certa dificuldade em entender para além de serem levadas a pensar que me estou a divertir à custa delas. Portanto, Rocha não. Prefiro, agora que o meu sobrinho já é grande, pendurar-lhe um cesto dos pés e viajarmos um bocado pela Europa: não conheço Espanha nem França e só fui uma vez a Coimbra onde se anda de capa pelas ruas como na época dos três mosqueteiros, pedindo socorro com acompanhamentos de guitarras. O meu sobrinho, prestável, disse logo
-Vamos onde o tio quiser
e ando tentando aceitar, no caso de o Governo de Cuba o deixar sair da ilha onde está preso por ter violado o espaço aéreo. AS cartas que tem escrito são animadoras: arranjaram-lhe uma gaiola limpa, a alpista não é má, deram-lhe um canário fêmea para satisfazer as exigências da carne e tem cantado a Internacional para os membros do Partido. Se o não usarem como espia das ogivas atómicas americanas deixam-no ir embora de certeza a menos que o canário fêmea tenha crias: sempre tivemos o instinto da família e não acredito que ele abandone os ovos.

António Lobo Antunes
Livro de Crónicas

1.3.07

Babel de Vladimir Tatlin


Escultura executada apenas em maquete em 1917, foi projetada pelo arquitecto russo Wladimir Tatlin para ser um Monumento a Terceira Internacional. Puro Construtivismo Russo!